sábado, 27 de agosto de 2011

Licuri, ouricuri, nicuri…

 
Licuri é infância, é sertão, é memória afetiva.
Coquinho quebrado a pedradas no passeio da porta da casa ou no quintal. Ou amêndoa arrancada a dente do cordão comprado na feira.
Rememorar, refletir, compartilhar.
Coco e pedra. Problema e solução.
O maior desafio é encontrar a medida certa da pancada.
Se for forte demais o coco esfarela junto com a amêndoa. Aí não tem graça. Se for de menos, o coco fica lá, apenas arranhado, indiferente ao seu fracasso, depois de um estalo seco e infrutífero.
A pancada (pode ser até duas ou três) tem que chegar à intensidade exata. Crash.
O resultado ideal é a casca partida pronta para ser aberta em duas, com a amêndoa inteirinha, de preferência ainda levemente deslocada para fora, pronta para ser capturada inteira pelos lábios. Ê delícia!
O maior desafio aqui neste e-coco é encontrar a medida certa dos textos. Nisto estou eternamente aprendiz.