sábado, 27 de agosto de 2011

Licuri, ouricuri, nicuri…

 
Licuri é infância, é sertão, é memória afetiva.
Coquinho quebrado a pedradas no passeio da porta da casa ou no quintal. Ou amêndoa arrancada a dente do cordão comprado na feira.
Rememorar, refletir, compartilhar.
Coco e pedra. Problema e solução.
O maior desafio é encontrar a medida certa da pancada.
Se for forte demais o coco esfarela junto com a amêndoa. Aí não tem graça. Se for de menos, o coco fica lá, apenas arranhado, indiferente ao seu fracasso, depois de um estalo seco e infrutífero.
A pancada (pode ser até duas ou três) tem que chegar à intensidade exata. Crash.
O resultado ideal é a casca partida pronta para ser aberta em duas, com a amêndoa inteirinha, de preferência ainda levemente deslocada para fora, pronta para ser capturada inteira pelos lábios. Ê delícia!
O maior desafio aqui neste e-coco é encontrar a medida certa dos textos. Nisto estou eternamente aprendiz.
 

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Esse coquinho é bom d+, já comi muito(com toda a minha modéstia eu era uma uma expert nessa arte de quebrar os coquinhos) Lembro-me da minha infância... casa na roça... cheia de gente... comendo de um tudo um pouco, ou melhor, comendo muito de tudo. Ê tempo bom. Relembrar é viver!!!

    ResponderExcluir
  3. "Licuri é infância, é sertão, é memória afetiva.
    Coquinho quebrado a pedradas no passeio da porta da casa ou no quintal."

    Perfeita lembrança da minha infância!

    ResponderExcluir
  4. Acho o licuri não se restinge só ao sertão não, eu nasci e me criei no litoral - Costa do Dendê - e o tive presente na minha infância, no quital da casa de minha vó.

    ResponderExcluir